O bicho de olho, também conhecido como Loa Loa ou Loiasis, é uma infestação causada pela presença da larva migrans no interior do olho, causando sintomas como irritação, dor, coceira e vermelhidão.
Geralmente, a larva se instala no olho quando se coça a região com as mãos sujas ou quando uma mosca infectada pousa muito perto dos olhos, transmitindo a larva para o olho. Uma vez no olho, a larva pode demorar até 3 meses para crescer e causar sintomas, e o seu tamanho pode variar entre 2 a 20 centímetro, caso não seja tratado.
O bicho de olho tem cura e, normalmente é necessário fazer o tratamento indicado pelo oftalmologista, que pode incluir o uso de colírios para aliviar os sintomas e comprimidos para eliminar as larvas do corpo.
Principais sintomas
A presença do verme no olho pode causar sintomas como:
- Visão embaçada;
- Olho coçando ou doendo;
- Vermelhidão no olho;
- Presença de manchas escuras na visão;
- Sensibilidade excessiva à luz.
Na maioria dos casos, o bicho de olho está presente em apenas um dos olhos e, por isso, não é necessário ter os sintomas nos dois olhos.
Além disso, nas crianças, esta infecção pode passar despercebida sendo notada apenas quando o a criança falha no exame de visão antes de ingressar na escola ou quando desenvolve estrabismo, por exemplo.
Nos casos mais avançados, quando o bicho de olho está muito desenvolvido, também pode ser observado na conjuntiva do olho, como mostram as imagens.
Como confirmar o diagnóstico
Na maior parte dos casos, a infestação com o bicho de olho pode ser identificada pelo oftalmologista apenas através da avaliação dos sintomas e exame detalhado do olho. Porém, em alguns casos, pode ainda ser pedido um exame de sangue para avaliar se existem anti-corpos contra a larva que provoca a doença, permitindo confirmar o diagnóstico.
O que pode causar o bicho de olho
O bicho de olho surge quando a larva migrans é capaz de chegar no olho, o que pode acontecer quando se coloca as mãos sujas nos olhos. No entanto, a forma de contágio mais frequente é quando se ingerem alimentos contaminados com a larva, que acaba lançando seus ovos na corrente sanguínea e, assim, chega até aos olhos.
Além disso, em crianças, o contato com animais bebês como cachorros ou gatos, sem lavar as mãos, também aumenta o risco de desenvolver este tipo de infestação.
Como é feito o tratamento
O tratamento deve ser sempre orientado pelo oftalmologista, uma vez que pode variar de acordo com o grau de desenvolvimento da larva e dos sintomas apresentados. Os remédios mais utilizados incluem:
Anti-inflamatórios, como flurbiprofeno ou diclofenaco: podem ser usados em forma de colírio ou comprimido para aliviar os sintomas de dor, vermelhidão e coceira;
Antiparasitários, como albendazol, tiabendazol ou mebendazol: são usados como comprimidos para eliminar as larvas do corpo;
Corticoides, como prednisolona ou hidrocortisona: geralmente são usados como colírio e permitem aliviar a coceira e outros sintomas.
Nos casos mais avançados, pode ainda ser recomendada a cirurgia para retirar as larvas do olho, especialmente as que estão mais superficiais.
Normalmente, o tratamento tem bons resultados e, por isso, a pessoal normalmente não fica com qualquer sequela. Porém, nos casos mais graves, pode surgir dificuldades de visão, mesmo depois do tratamento.